As inspeções serão feitas mediante pedido de
governadores, que são os responsáveis pelos presídios estaduais
O Ministério da Defesa prevê o emprego de cerca de mil homens
das Forças Armadas em 30 equipes para realizar inspeções em presídios. Em
entrevista coletiva nesta quarta-feira (18), o ministro Raul Jungmann disse que
as equipes estarão em condições de atuar nas unidades em até 10 dias.
Para auxiliar os estados a enfrentar o crime organizado, o presidente da República, Michel
Temer, autorizou, na terça-feira (17), o emprego das Forças Armadas
para realizar buscas e apreensões de armas, celulares, drogas e outros
materiais ilícitos. Os militares, de acordo com Jungmann, não terão contato
direto com os detentos.
As inspeções serão feitas mediante pedido de governadores, que
são os responsáveis pelos presídios estaduais. Os trabalhos serão articulados
com as forças de segurança locais, que ficarão responsáveis por retirar os
presos das celas a fim de iniciar as varreduras.
A Defesa prevê um orçamento de R$ 10 milhões para as ações nos
presídios, valor que poderá variar de acordo com os pedidos dos Estados. “A
previsão inicial é de cerca de mil homens em 30 equipes. Como atuamos sob
demanda, esse número pode vir a crescer”, disse Jungmann.
Segundo o ministro, as Forças Armadas têm experiência nesse tipo
de trabalho. “Fizemos varreduras em praticamente todos os imóveis da
Olimpíada”, lembrou.
Jungmann também destacou que os militares possuem treinamento e
capacitação na área de direitos humanos. Um procurador do Ministério Público
Federal Militar – que não possui ligação com as Forças Armadas – acompanhará os
trabalhos.
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