A situação no presídio de Alcaçuz segue grave e não
há perspectiva para o fim da rebelião. De acordo com a presidente do
Sindicato dos Agentes Penitenciários do Rio Grande do Norte, Vilma
Batista, os presos ligados à facção Primeiro Comando da Capital (PCC)
iniciaram a barbárie e agora estão passando por retaliação dos demais
detentos. A agente disse que carros de apoio jogaram armas para dentro
da unidade no início da rebelião, que começou às 16h30 deste sábado
(14).
Segundo Vilma Batista, presos do pavilhão Rogério Coutinho Madruga, o
chamado pavilhão 5, destruíram parte da unidade e seguiram até o
pavilhão 3, onde se juntaram a presos não ligados a facções, a chamada
"massa", e foram até o pavilhão 4, onde estavam 200 detentos da facção
Sindicato do Crime do RN. Foi quando teve início a barbárie.
Armados com facas e até armas de fogo, os presos
mataram número ainda desconhecido de rivais. Então, todo o presídio
voltou às atenções ao local. De acordo com a agente penitenciária, em
seguida teve a represália.
Vilma Batista informou que os próprios detentos
teriam cortado a energia e que presos dos pavilhões 1 e 2, além de
outros do pavilhão 4, teriam seguido até o pavilhão 3, onde estariam
cercando os detentos que iniciaram a chacina. Segundo a representante
dos agentes penitenciários, quase 400 detentos estariam na área externa
do pavilhão 3.
Além da tensão e possibilidade de novas mortes, os
detentos também estariam tentando atear fogo nas torres onde estão os
bloqueadores de sinal de telefones celulares do presídio de Alcaçuz.
Até o momento, o presídio segue sem energia e nem
policiais militares ou agentes penitenciários adentraram a unidade após o
início da rebelião, que teve presos decapitados.
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