sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Prefeito de São Tomé pode ser afastado; em caos administrativo, cidade tem salários atrasados e dívida milionária

Exibindo Professores em greve São Tomé.jpeg
servidores da Educação após realização de assembleia
A Prefeitura de São Tomé enfrenta um verdadeiro caos administrativo nestes últimos meses de gestão do prefeito Gutemberg Pereira (PMDB). A cidade acumula atrasos de salários em diversas secretarias. Na Educação, os servidores já estão há mais de 90 dias sem receber seus pagamentos.

Além disso, o município registra uma dívida milionária com prestadores de serviços e com a Previdência. Para ter uma ideia do rombo financeiro, apenas o Instituto Previdenciário de São Tomé deveria ter em caixa mais de R$ 3 milhões, que ainda não lhe foram repassados. As denúncias partem dos vereadores Gá (PSDB), Nego Pereira (PSDB) e Teresa Cristina (PSD), que é a presidente da Câmara Municipal.

Gá (PSDB) revela também a falta de atualização do Portal da Transparência do município. Segundo o tucano, o fato “atrapalha o acompanhamento das contas públicas por parte da população”. A última atualização foi no dia 30 de junho.

De acordo com o parlamentar, entre janeiro de setembro deste ano São Tomé recebeu em transferência de recursos mais de R$ 14 milhões, conforme informa o site do Banco do Brasil. Mesmo com a cifra impressionante, a cidade chega ao fim de 2016 afundada em dívidas.

Segundo Gá, nos últimos meses o município registrou seguidas licitações com valores abusivos, considerados acima do que é negociado no mercado. “O que leva a crer ser esse o real motivo pelo não cumprimento da folha de pagamento”.

A situação insustentável foi determinante para fazer com que o atual prefeito nem mesmo tentasse a reeleição no pleito recém-terminado. E pode ser que nem mesmo consiga terminar o seu mandato atual. É crescente na cidade a insatisfação com o gestor e a Câmara de Vereadores já discute a possibilidade de afastar Gutemberg da função.

Nesta semana, os servidores da Educação realizaram uma assembleia em frente ao Fórum do município para discutir estratégias de mobilização. A categoria já não tem mais esperanças de que receberá seus salários ainda este ano. Em outras pastas, o atraso varia entre 60 e 90 dias.
A Prefeitura também possui dívidas com empresas credoras de consignados, levando os servidores, que já estão sem salários, a terem seus nomes incluídos no SPC e Serasa por atraso no pagamento dessas quantias.

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