quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Greve chega ao 17º dia com cerca de 70% dos bancos fechados no RN



Greve chega ao 17º dia com cerca de 70% dos bancos fechados no RN
Paralisação começou na terça-feira (6); negociação está parada.
Bancos do RN entram em greve (Foto: Arthur Barbalho/G1)
Segundo sindicato, a paralisação afeta cerca de 90% das agências em Natal.
A greve dos bancários completa 17 dias nesta quarta-feira (21) no Rio Grande do Norte com cerca de 70% das agências fechadas, segundo informou o Sindicato dos Bancários do RN. De acordo com o coordenador geral do sindicato no estado, Gilberto Monteiro, a estimativa é que o número de agências paradas na capital chegue a 90%. Ainda não há previsão para o fim da greve.
Segundo Monteiro, a última rodada de negociações entre a categoria e a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) aconteceu na última quinta-feira (15). No entanto, a proposta de 7% de reajuste e R$ 3 mil de abono salarial foi rejeitada na mesa de negociação por não atingir sequer a metade do valor cobrado pelos bancários.
"A proposta que está em negociação é a da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), que cobra 14,78% de reajuste. Três sindicatos do Brasil - RN, Maranhão e Bauru - entendem que temos que cobrar as perdas acumuladas dos bancos privados de 1994 para cá, o que dá o valor de 28%", explicou Gilberto. No entanto, o coordenador ressalva que a proposta que está sendo negociada é a da Contraf.

Durante a paralisação, um acordo entre o Procon estadual e os bancários garantiu que nas agências que mantiverem algum funcionamento, pelo menos um funcionário está sendo mantido no auto-atendimento para auxiliar nos serviços básicos, como perda de cartão e desbloqueio de senha. Os bancos ainda estão garantindo uma quantidade mínima de agências para o serviço de depósito.
"No caso do Banco do Brasil, as agências do Igapó, Prudente de Morais, Afonso Pena e Amintas Barros estão recebendo depósitos. As agências da Caixa Econômica Federal em atividade são as da Ribeira, Roberto Freire e Potengi. Os bancos privados também estão mantendo um percentual mínimo", detalhou Monteiro.
Apesar de reconhecer a dificuldade nas negociações, o coordenador descarta qualquer volta da categoria antes de chegar a um acordo. "Nos achamos que a Fenaban está endurecendo as negociações, mas não podemos desistir do nosso movimento. Pelo contrário: temos que conseguir que mais companheiros entrem no movimento grevista para ganharmos força e retomarmos a negociação", concluiu.

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