Greve chega ao 17º dia com
cerca de 70% dos bancos fechados no RN
Paralisação começou na
terça-feira (6); negociação está parada.
Segundo sindicato, a paralisação afeta cerca de 90% das agências em Natal.
A greve dos bancários
completa 17 dias nesta quarta-feira (21) no Rio Grande do Norte com cerca de 70%
das agências fechadas, segundo informou o Sindicato dos Bancários do RN. De
acordo com o coordenador geral do sindicato no estado, Gilberto Monteiro, a estimativa
é que o número de agências paradas na capital chegue a 90%. Ainda não há
previsão para o fim da greve.
Segundo Monteiro, a última
rodada de negociações entre a categoria e a Federação Nacional de Bancos
(Fenaban) aconteceu na última quinta-feira (15). No entanto, a proposta de 7%
de reajuste e R$ 3 mil de abono salarial foi rejeitada na mesa de negociação
por não atingir sequer a metade do valor cobrado pelos bancários.
"A proposta que está
em negociação é a da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf), que cobra 14,78% de reajuste. Três sindicatos do Brasil - RN,
Maranhão e Bauru - entendem que temos que cobrar as perdas acumuladas dos
bancos privados de 1994 para cá, o que dá o valor de 28%", explicou Gilberto.
No entanto, o coordenador ressalva que a proposta que está sendo negociada é a
da Contraf.
Durante a paralisação, um
acordo entre o Procon estadual e os bancários garantiu que nas agências que
mantiverem algum funcionamento, pelo menos um funcionário está sendo mantido no
auto-atendimento para auxiliar nos serviços básicos, como perda de cartão e
desbloqueio de senha. Os bancos ainda estão garantindo uma quantidade mínima de
agências para o serviço de depósito.
"No caso do Banco do
Brasil, as agências do Igapó, Prudente de Morais, Afonso Pena e Amintas Barros
estão recebendo depósitos. As agências da Caixa Econômica Federal em atividade
são as da Ribeira, Roberto Freire e Potengi. Os bancos privados também estão
mantendo um percentual mínimo", detalhou Monteiro.
Apesar de reconhecer a
dificuldade nas negociações, o coordenador descarta qualquer volta da categoria
antes de chegar a um acordo. "Nos achamos que a Fenaban está endurecendo
as negociações, mas não podemos desistir do nosso movimento. Pelo contrário:
temos que conseguir que mais companheiros entrem no movimento grevista para
ganharmos força e retomarmos a negociação", concluiu.
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