domingo, 21 de agosto de 2016

Histórias bizarras das vilas olímpicas

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Rio 16 (Por Marco Antônio Martins, na Folha de S. Paulo) –  Em 18 dias, um total de 73 furtos foi registrado nos alojamentos de atletas na Vila Olímpica – o conjunto de prédios na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, que abriga os competidores de todas as delegações dos Jogos.
É uma média de quatro furtos por dia, de acordo com levantamento da Polícia do Rio baseado em registros de ocorrência da delegacia da região e em dados fornecidos pela administração da Vila.
Os dados obtidos pela Folha são correspondentes ao período entre 28 de julho (quatro dias após a abertura da Vila) e 14 de agosto.
Houve inclusive o caso de duas medalhas furtadas no sábado (13) e recuperadas em seguida pela equipe de segurança da Vila. As duas peças foram encontradas com um funcionário que prestava serviços por uma empresa terceirizada.

Em nota, o comitê Rio-2016 informou que se tratavam de medalhas comemorativas distribuídas a todos os integrantes das delegações que participaram da Olimpíada.
Os organizadores contabilizaram sete casos de furtos registrados na polícia e outros 63 “incidentes” dentro da Vila Olímpica – que podem incluir furtos não comunicados à polícia e também os casos de objetos perdidos e posteriormente localizados.
Questionado pela Folha, o comitê não esclareceu quais seriam os números de furtos e de objetos perdidos entre os casos classificados como “incidentes”.
De acordo com a Polícia do Rio, entre os objetos desaparecidos dentro dos quartos de atletas estão celulares, perfumes, uniformes, barbeadores elétricos, dinheiro em espécie e cartões de crédito.
A segurança nas áreas comuns da Vila Olímpica está sob responsabilidade da Força Nacional. Já a área dos quartos é restrita aos hóspedes das delegações e profissionais contratados para prestar serviços de limpeza e arrumação, como no caso das camareiras, por exemplo.
Na sexta (12), cinco furtos foram registrados nos apartamentos da delegação da Nova Zelândia. O caso não foi registrado na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), mas apenas à administração da Vila Olímpica.
Após o episódio, os neozelandeses – que perderam dinheiro, celulares e uniformes – informaram que assumiriam a limpeza de seus quartos.
No domingo (14), um espanhol, um esloveno e um representante da delegação do Canadá também relataram furtos aos gestores da Vila Olímpica.
A Folha apurou que a tensão associada aos furtos chegou a tal ponto que um atleta búlgaro chegou a expulsar camareiras de seu quarto. Ele teria usado inclusive um cabo de vassoura para assustar as funcionárias.
Na tentativa de conter os furtos, a segurança interna da Vila determinou que os prestadores de serviço guardassem suas bolsas em um local específico, antes de iniciar o trabalho.


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