segunda-feira, 6 de junho de 2016

MEC vai avaliar eficácia de 830 mil benefícios e não descarta cortes


MEC vai avaliar eficácia de 830 mil benefícios e não descarta cortes; para Alejandra Meraz Velasco, superintendente do Todos Pela Educação, é necessário ter transparência nesse processo

O Ministério da Educação (MEC) vai passar um pente-fino em cerca de 830 mil bolsas ofertadas pela pasta de forma pulverizada, por meio de mais de dez programas vinculados a diferentes diretorias, ao custo de R$ 1,1 bilhão por ano. O levantamento do total desses benefícios foi feito pela nova cúpula do ministério, que assumiu após o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Agora, a equipe vai observar com lupa os incentivos para identificar aqueles que, eventualmente, não estão sendo bem aplicados. Especialistas em Educação elogiam a iniciativa, mas pedem cautela quanto aos critérios de avaliação e estão preocupados com a possível extinção dos recursos. Além disso, os Educadores destacam a necessidade de conduzir o processo de maneira transparente.
O alvo principal da verificação são 690 mil bolsas destinadas a professores e gestores do Ensino Básico. O restante, algo em torno de 140 mil bolsas, também deverá passar pelo mesmo processo, mas como beneficia basicamente estudantes, a ordem é deixá-las para um segundo momento. A equipe não descarta fazer cortes e vai se debruçar sobre os programas com gastos mais expressivos para verificar sua gestão e, principalmente, indicadores de melhoria na Educação.
O pente-fino foi determinado pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, nomeado mês passado pelo presidente interino, Michel Temer. A relação de bolsas apontadas no levantamento é extensa. Há incentivos de R$ 200 a R$ 800 pagos a voluntários que atuam como alfabetizadores de jovens e adultos dentro do programa Brasil Alfabetizado, por exemplo. Na iniciativa Escola da Terra, cujo objetivo é qualificar os professores do campo, os valores variam de cerca de R$ 750 a R$ 1,1 mil. O Saberes Indígenas na escola, para formar os docentes das aldeias, tem bolsas de R$ 200 para o professor, até R$ 1,5 mil, para o coordenador do projeto, que é ligado a uma instituição de Educação Superior. No Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, as bolsas variam de R$ 200 a R$ 1,5 mil, dependendo da função do profissional de Educação.

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