MEC vai avaliar eficácia de 830 mil benefícios e não descarta cortes; para Alejandra Meraz Velasco, superintendente do Todos Pela Educação, é necessário ter transparência nesse processo
O alvo principal da verificação são 690 mil bolsas destinadas a
professores e gestores do Ensino Básico. O restante, algo em torno de 140 mil
bolsas, também deverá passar pelo mesmo processo, mas como beneficia
basicamente estudantes, a ordem é deixá-las para um segundo momento. A equipe
não descarta fazer cortes e vai se debruçar sobre os programas com gastos mais
expressivos para verificar sua gestão e, principalmente, indicadores de
melhoria na Educação.
O pente-fino foi determinado pelo ministro da Educação, Mendonça
Filho, nomeado mês passado pelo presidente interino, Michel Temer. A relação de
bolsas apontadas no levantamento é extensa. Há incentivos de R$ 200 a R$ 800
pagos a voluntários que atuam como alfabetizadores de jovens e adultos dentro
do programa Brasil Alfabetizado, por exemplo. Na iniciativa Escola da Terra,
cujo objetivo é qualificar os professores do campo, os valores variam de cerca
de R$ 750 a R$ 1,1 mil. O Saberes Indígenas na escola, para formar os docentes
das aldeias, tem bolsas de R$ 200 para o professor, até R$ 1,5 mil, para o
coordenador do projeto, que é ligado a uma instituição de Educação Superior. No
Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, as bolsas variam de R$ 200 a
R$ 1,5 mil, dependendo da função do profissional de Educação.
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