sábado, 11 de junho de 2016

‘Japonês da Federal’ vai cumprir pena trabalhando com tornozeleira



Ele foi condenado por facilitar entrada de contrabando.
PF informou que o agente vai fazer serviços internos.
 
O agente conhecido como ‘japonês da federal’, que foi condenando por facilitar a entrada de contrabando no Brasil, voltou a trabalhar na sede da PF, em Curitiba. Newton Ishii vai cumprir a pena em regime semiaberto, com tornozeleira eletrônica.
O documento da Justiça que determinou o monitoramento mostra que o Ministério Público foi favorável à colocação do aparelho.
O policial tem e 61 anos e foi condenado a quatro anos, dois meses e 21 dias por facilitar a entrada de contrabando pela fronteira com o Paraguai.
A Operação Sucuri, que descobriu o esquema, foi em 2003. Newton respondeu ao processo com outros dois policiais que foram punidos com a perda dos cargos.
Mas os três desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região decidiram, por unanimidade, retirar da pena a perda do cargo público de Newton Ishii.
O tribunal, que é de segunda instância, levou em consideração que ele estava aposentado em 2009, quando a sentença saiu.
Mas Newton foi reconduzido ao trabalho em abril de 2014, pouco depois do começo da Operação Lava Jato.
O Tribunal de Contas da União cancelou a aposentadoria dele e de outros servidores, por erro na contagem do tempo de serviço.
Newton Ishii vai continuar trabalhando no mesmo lugar: na sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde estão alguns presos da Lava Jato. Nesta sexta, depois de colocar a tornozeleira ele já retomou as atividades.
A Polícia Federal informou que o agente vai fazer serviços internos, e que a direção ainda vai avaliar se ele permanece ou não na função atual, que é de chefe substituto de operações.
Newton vai ter que usar tornozeleira eletrônica pelo menos até o dia 21 de outubro, quando poderá pedir revisão de pena.
Ele precisa estar em casa entre 23h e 5h, e também nos fins de semana e feriados.
Newton Ishii disse que prefere ficar em silencio neste momento. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal não vão se manifestar.

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