quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Cursos de pós-graduação reforçam importância da universidade para o RN

Egresso da UERN, que saiu da graduação direto para o doutorado na Escócia, lamenta o descaso do governo do Estado e ressalta o papel da Uern em sua formação.
Atualmente, Rair Macêdo, egresso do curso de Física da Uern, faz doutorado na Universidade de Glasgow, Escócia – Foto Cedida
Atualmente, Rair Macêdo, egresso do curso de Física da Uern, faz doutorado na Universidade de Glasgow, Escócia 

A universidade possui Programas Lato Sensu com 20 especializações que, segundo dados de junho da Diretoria de Pós-graduação, contam com 737 matriculados. Nos Programas Stricto Sensu há 498 matriculados em nove mestrados, um mestrado profissional e um mestrado multicêntrico, além de dois doutorados. O pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, professor João Maria, destaca também que as pesquisas, em sua maioria, são voltadas para a conquista de melhorias e desenvolvimento da região. “É importante destacar também que muitos dos estudantes e pesquisadores não teriam condições financeiras de desenvolver suas pesquisas se não fosse a presença da Uern em várias regiões do Estado. Quando conseguimos instalar os cursos em locais antes inexistentes, abrimos a oportunidade para pessoas que sequer imaginavam ter a opção de estudar sem se distanciar de sua casa”, afirma.
Natural de Lagoa Nova, o estudante Rair Macêdo conseguiu ir longe através dos estudos. Egresso do curso de Física, da Uern, ele saiu direto da graduação para o doutorado na Universidade de Glasgow, Escócia. Com o incentivo dos professores, Rair se envolveu com pesquisa e publicação de trabalhos científicos, o que o projetou a conquistar uma bolsa em uma das universidades mais conceituadas da Europa.

Apesar de toda essa importância como propulsora do conhecimento e do desenvolvimento, a instituição nem sempre é vista como prioridade para os gestores do Estado. Em meio as comemorações dos 47 anos, a Uern enfrenta a maior greve de servidores, uma paralisação que já ultrapassa os quatro meses.
“Muito triste ver que o governo não está fazendo nada pela universidade. A Uern mudou minha vida em todos os sentidos. Como fui o primeiro da minha família a ter acesso ao ensino superior, isso fez com que não só eu, mas a minha família e até amigos da família vissem que é possível um filho de agricultores semianalfabetos ter acesso à universidade. Lá eu conheci e trabalhei com professores de altíssima qualidade, como o meu orientador, professor Thomas Dumelow. Os professores estão sempre dispostos a ajudar qualquer aluno, os quais me ajudaram a crescer como pessoa e profissional. E graças à Uern grandes oportunidades começaram a surgir”, afirmou Rair Macêdo, que está desenvolvendo sua tese.

Fonte: Gazeta do Oeste 

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